sexta-feira, 2 de maio de 2008

"Maio de 68" - 40 anos passados...

Foi numa Europa pejada de jovens. Numa França em que os números de jovens a estudar representava 16% da população, um total de 8 milhões. Descontentes com o sistema de ensino tradicional e com uma sociedade ainda castradora, os estudantes foram o primeiro sector da sociedade a mostrar a sua insatisfação. Um movimento que se alastrou rapidamente e que, durante um mês, fez tremer o poder instituído em França.
.
Na Universidade de Nanterre, nos arredores de Paris, a insatisfação deflagrou com ocupações do edifício e confrontos com as autoridades. No segundo dia de Maio a Universidade de Nanterre é encerrada depois de incidentes entre a polícia e os estudantes. Um dia depois é a vez da Universidade de Sorbonne, que na altura estava ocupada por estudantes. A carga policial por parte das Companhais Republicanas de Segurança (CRS) foi forte e resultou na detenção de vários estudantes.
.
«É proibido proibir»
.
À provocação dos estudantes a polícia reagiu com repressão. A zona de Quartier Latin, onde fica a Sorbonne, foi palco das primeiras barricadas e continuou a ser um dos principais pontos de agitação. Desses confrontos resultaram centenas de feridos ao longo do mês.
.
Na noite de 10 para 11 de Maio acontecem os distúrbios mais violentos. Entre carros incendiados e pedras da calçada arrancadas e usadas como armas de arremesso, o confronto entre polícias e estudantes foi marcante (...).
.
Um dos ícones do Maio de 68 vem a Portugal
.
Daniel Cohn-Bendit foi uma das caras e vozes mais importantes da revolta estudantil de Maio de 68. Estudante na Universidade de Nanterre, e actualmente deputado no Parlamento Europeu, Cohn-Bendit liderou grande parte das acções de revolta. No dia 12 de Junho vai estar na Fundação Mário Soares para uma conferência sobre o Maio de 68, numa altura em que se comemoram os 40 anos do movimento.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial