QREN: uma decepção (socialista) para o Alto Minho!
Na sua última reunião, a Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata de Viana do Castelo, depois de proceder a uma análise cuidada do impacto do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) no Alto Minho, deliberou tornar pública a seguinte tomada de posição:
1. Foi com profundo desagrado e muita preocupação que a CPD do PSD verificou que ao Distrito de Viana do Castelo apenas foram atribuídos, no âmbito do QREN, pouco mais de 40 milhões de euros. Trata-se de uma situação inaceitável e atentatória ao respeito que toda a população do Alto Minho merece, tanto mais grave quanto é verdade que os 10 Municípios do Distrito haviam apresentado, de uma forma articulada, projectos no montante de 400 milhões de euros.
2. Os valores atribuídos – apenas cerca de 10% – constituem uma total decepção e mostram os efeitos perversos de uma gestão centralista do QREN, apenas empenhada em investir nos grandes centros e em projectos megalómanos e sem a mínima preocupação com uma visão estratégica do País que privilegie um desenvolvimento solidário e sustentado de todo o território nacional.
Infelizmente, esta postura altamente lesiva dos interesses do Alto Minho é já uma tradição do actual Governo socialista. Apesar de o Distrito de Viana do Castelo ser dos mais carenciados em termos de investimentos potenciadores de criação de riqueza e da melhoria da qualidade de vida, a Administração Central tem-no relegado para os últimos lugares e o PIDDAC do corrente ano teve mesmo o descaramento de o colocar no fundo do ranking nacional.
3. Esta situação confrangedora ilustra bem a falta de peso político e de protagonismo dos deputados do Partido Socialista eleitos pelo Círculo de Viana do Castelo. Ao pactuarem com a atribuição de uma ninharia por cada um dos 10 Concelhos, os deputados socialistas mostram um total alheamento dos problemas do Distrito, assim como a sua incapacidade para defenderem os interesses dos cidadãos que os elegeram.
4. A CPD do PSD de Viana do Castelo lamenta ainda a decisão de fragmentar o QREN em dois ciclos, ou seja, até 2010 e de 2010 a 2013. É mais uma manobra habilidosa que, sem quaisquer escrúpulos, sacrifica as necessidades das populações a meros objectivos tácticos e eleitoralistas do Partido que suporta o Governo.
Não é este modelo de gestão e de desenvolvimento que o País reclama, nem é desta forma de fazer política que o Alto Minho precisa.
in "Povo Livre" - 26/03/08
postado por JSD ALTO MINHO @ 17:58
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