quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A CGA e os seus habituais indeferimentos

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) indeferiu o pedido de reforma antecipada da funcionária pública de Ponte de Lima portadora de lombalgia e cervicalgia degenerativas. A CGA concluiu que a funcionária não se encontra «absoluta e permanentemente incapaz» para o trabalho.

Ana Maria Brandão, 43 anos e funcionária administrativa na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, Ponte de Lima, foi hoje notificada da decisão da CGA, mas garantiu que vai interpor «de imediato» recurso judicial por considerar que se trata de uma «injustiça do tamanho do mundo».
«Se eu praticamente não me consigo mexer, se nem sequer me posso levantar da cama para ir à casa de banho, vou trabalhar como? De maca?» , questionou.

Garantiu que não se vai voltar a apresentar ao trabalho, confessando-se «farta» da exposição mediática a que teve que se submeter e à «completa devassa» da sua vida privada.

Entretanto o deputado do CDS-PP Abel Baptista, também Presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, apelou hoje ao ministro das Finanças para tomar as medidas necessárias que atribuam a reforma antecipada a uma funcionária pública de Ponte de Lima que sofre de lombalgia e cervicalgia degenerativas: «Conheço pessoalmente, e de perto, a situação e sei que a Ana Maria tem total e definitiva incapacidade para o trabalho, pelo que o meu apelo vai no sentido de a deixarem em paz de uma vez por todas, porque neste momento o que ela mais precisa é de estabilidade para continuar a fazer a sua vida em casa, sem estar sujeita a toda exposição pública».

Abel Baptista vai enviar sexta-feira uma carta ao ministro das Finanças, pedindo-lhe que, «através de um acto administrativo qualquer, acabe com o sofrimento daquela mulher» disse.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial