segunda-feira, 22 de outubro de 2007

"porreiro pá!"

"Nasceu o Tratado de Lisboa"


O primeiro-ministro José Sócrates voltou esta sexta-feira a repetir que não tomará nenhuma decisão sobre a forma de ratificação do novo Tratado antes deste ser assinado, isto é, "depois de 13 de Dezembro", data em que foi acordado proceder à sua assinatura, em Lisboa.

A data foi escolhida para coincidir com o início do Conselho europeu, nesse mesmo dia, em Bruxelas. Os líderes europeus deslocar-se-ão pela manhã a Lisboa onde assinarão o Tratado e, depois, seguirão para a capital belga.

Sócrates respondia a uma pergunta na conferência de imprensa na qual anunciou, pouco depois da meia-noite, que a cimeira chegou a acordo sobre o Tratado. "Nasceu hoje o Tratado de Lisboa", declarou o primeiro-ministro, com ar cansado mas sorridente, levemente encadeado pelas luzes das televisões.

"É uma vitória da Europa, foi vencido um impasse de muitos anos", declarou, sublinhando que a Europa sai desta cimeira mais forte "para enfrentar o futuro" e as questões globais, dando "um sinal de confiança às nossas economias e aos cidadãos".

O primeiro-ministro afirmou ainda ter-se revelado acertada a estratégia portuguesa de discutir e fazer aprovar o tratado na quinta-feira para, no dia seguinte, "começar a discutir o futuro".

Sócrates agradeceu também "a todos os portugueses que ajudaram a conseguir este objectivo", aos peritos e delegações e, muito especialmente, ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, "pela ajuda que deram à presidência".

Durão Barroso afirmou, por sua vez, estar "extremamente feliz". "Há seis anos que discutimos as questões institucionais e, agora, sob a presidência portuguesa, chegamos a acordo", declarou, referindo a "competência" desta na obtenção deste "acordo histórico".

Sobre os passos que conduziram ao acordo, nomeadamente com a Polónia e a Itália, Sócrates revelou que a proposta de solução para a exigência de Varsóvia só foi apresentada à delegação polaca depois da primeira sessão do Conselho.

Quanto ao problema da paridade de deputados no Parlamento Europeu levantado pela Itália, ficou claro que o Conselho decidiu fixar o número total de deputados (750 mais um, que será para a Itália), reservando para o Conselho de Dezembro a repartição final dos lugares.

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